quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Tratado sobre o amor

Na maioria das vezes, aquilo que chamamos de amor é na verdade um conjunto de projeções pessoais que se derrama sobre o outro. A isso, na verdade, deveríamos chamar desejo.

Você deseja aquilo que te encanta e oferece suas projeções a esse outro. Torna-se amor de fato quando o outro é capaz de absorver essas projeções parcial ou totalmente e transformá-las em uma terceira coisa. Em um experimento da fusão de duas vontades.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Apenas mais uma de amor...

E no embalo do post de ontem, uma musiquinha que explica muita coisa... ou não, como diria Caetano...rs

As aparências que me enganam

Quando era criança, ouvia sempre que não deveria mentir que Papai do Céu estava vendo... Na adolescência, rica em dramas existenciais e crises com o mundo, a ideia era a de que quanto mais verdade melhor. Bora mostrar as vísceras e chocar essa sociedade hipócrita que finge que não liga e blá, blá, blá...

Mais tarde, com algumas quebradas de cara, você aprende que esse negócio de sinceridade pode custar caro, que é melhor não dizer exatamente o que você acha da ideia genial do seu chefe ou coisas assim (risos). Mas dia desses, confrontei-me com um novo tipo de mentira: aquela que você sabe que é mentira, tem cara e gosto de mentira e, por mais saborosa que possa parecer, você não vai, nem por um segundo, se deixar seduzir, por mais que queira. Ou seja, é a negação de tudo o que você acredita.

São os novos rumos da sociedade moderna, que te coloca diante de situações cada vez mais duras, reais e que você tem que fingir não perceber para não se ferir.
Não que esse tipo de situação não existisse antes, mas acho que o que mudou foi o nível de consciência e a necessidade de distanciamento delas.
Então é isso! Bora morder a maçã de plástico, mastigá-la, e cuspir fora. Pensar em engolir só para ver se dá para fazer digestão, nem pensar!