terça-feira, 20 de julho de 2010
Sexualidade, coisa de tarado?
Dia desses, voltando para a casa de ônibus, vi um sujeito em um canto escuro da rua levantando uma das ‘pernas’ da bermuda. Estranhei aquele sujeito se desnudando, às 11h30 da noite, em uma temperatura de pelo menos 17°. Imaginei que ele iria executar algum ato libidinoso (não estava com cara de quem ia fazer xixi) e, automaticamente, pensei: tarado! Depois, veio a relativização, e comecei a pensar em como “pega mal” você ser flagrado exercitando a sua sexualidade. Óbvio que não na rua, claro. Mas, mesmo em casa, se você é pego se masturbando, a cena “pega mal”. Automaticamente o outro pensa: tarado! Mesmo todo mundo sabendo que todo mundo faz e que é um exercício natural da sexualidade humana. Isso para ficar no exemplo mais simples da coisa. Pensar em um flagra de uma relação sexual então... Outro constrangimento. Estranho que as pessoas se constranjam tanto com algo que lhes é tão familiar (ou pelo menos deveria ser) e que continuem tendo uma postura tão medieval e repressora em pleno século XXI. Ainda hoje sexo é coisa de tarado!
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