segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tem coisas que só acontecem no meu ônibus

Já odiei muito ter que andar de ônibus – quando era criança enjoava fácil e para mim era um suplíicio -, mas hoje gosto. Além de colocar a leitura em dia enquanto me desloco, é lá que tenho ideias para matérias, penso em abres de textos e, é claro, ouço e vivencio histórias loucas...

No domingo, rolaram duas... Estava eu indo de Realengo para a Tijuca (sim, faço viagens incríveis pelo Rio de Janeiro), dentro de um 636, quando começo a reparar que o motorista estava andando a 10km por hora... Juro!!! Era isso ou menos...

Primeiro, achei que fosse algum defeito do ônibus. Mas depois, notei que ele balbuciava alguma coisa.. Tirei os fones do ouvido e entendi que ele estava... perdido!!! Isso mesmo caros, amigos... O piloto dizia que era o seu primeiro dia na linha e que estava andando devagar para dar tempo de reconhecer o itinerário que ia sendo feito com a ajuda dos passageiros...

Quando ele foi ultrapassado por dois 636 (juro.. dois!), não aguentei e falei:

- Companheiro, vê se pelo menos acelera agora para seguir os ônibus!

Resposta?

- Eles estão correndo porque já sabem o caminho (detalhe: os ônibus estavam em velocidade normal...). Prefiro ir devagar e chegar vivo....

Pausa para ir ali matar um...

Como viagem pouca é bobagem, à noite me desloquei de Caxias para Madureira... Daí, que estou lá no busão lendo o Caderno Ela (sim, lendo o jornal de sábado no domingo à noite...) quando começa uma discussão na parte de trás.

- Qual é mermão(sempre sonhei em escrever isso...hihihi) vai ficar batendo em mulher? Deixa de ser covarde...

Pensei: “Graças a Deus não é assalto...”

- O quê que tu tem a ver se elas são sapatão(sic)? Tu tá maluco ficar batendo em mulher? Olha a Lei Maria da Penha aí. Ela para ali na 29ªDP, faz um B.O. rapidinho e tu tá fudido. Se ligou? Tu tá fudido com a Lei Maria da Penha.

Depois, desse discurso insólito. O defensor das sapatas(que estava doidão de cachaça) passou a viagem inteira falando da Lei Maria da Penha, chamando o outro maluco (que não se manifestou) de covarde e botando pilha para a sapata agredida fazer o tal boletim de ocorrência(que agora chama registro de ocorrência, mas gosto mais do B.O..).

Enfim, o agressor desceu do bus, cheguei ao meu destino e fiquei pensando que autor de novela deve andar de ônibus... Porque tem certas maluquices que só acontecem dentro deles...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Poxa, que coxa II

Olha a matéria que o site da BBC publicou.. hihihih...

Coxa grande pode indicar risco menor de doenças cardíacas, diz estudo
Medida crucial é tirada abaixo dos glúteos
Homens e mulheres cujas coxas têm circunferência superior a 60 cm têm menor risco de desenvolver doenças cardíacas, aponta um estudo do Hospital da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, com 3.000 pessoas.

O benefício ocorre mesmo quando fatores como gordura corporal, cigarros e colesterol do sangue são levados em consideração, afirmam os cientistas, cuja pesquisa foi publicada na revista especializada British Medical Journal.

Para os pesquisadores, aqueles com coxas estreitas podem não ter massa muscular suficiente para processar a insulina de maneira apropriada, aumentando o risco de diabetes e, por consequência, de doenças cardíacas.

Os especialistas, no entanto, ressaltaram que a pesquisa precisa ser corroborada por outros estudos.

Eles dizem que ainda é cedo para mudar as orientações sobre dietas e exercícios para evitar doenças cardíacas, mas que a circunferência da coxa pode ser usada como um sinal de risco.

O estudo acompanhou 3.000 homens e mulheres na Dinamarca por mais de dez anos. Os voluntários tiveram a altura, o peso e a circunferência das coxas, cintura e quadris medidos. A porcentagem de gordura corporal também foi calculada.

A circunferência da coxa foi medida logo abaixo dos glúteos. Os pesquisadores ainda avaliaram os níveis de atividade física dos participantes, se eles eram fumantes, sua pressão sanguínea e os níveis de colesterol.

O estudo então monitorou a incidência de doenças cardíacas nos pacientes por mais de dez anos e a taxa de mortes por um período de 12 anos e meio.

Medida

Durante este período, 257 homens e 155 mulheres morreram, 263 homens e 143 mulheres desenvolveram doenças cardiovasculares e 103 homens e 34 mulheres sofreram de doenças cardíacas.

Segundo os pesquisadores, aqueles com as coxas menores – de circunferência inferior a 50 cm – tinham o dobro de risco de morte prematura ou de desenvolver sérios problemas de saúde.

“O aumento do risco se deu independentemente da obesidade geral e abdominal e de fatores de risco cardiovasculares ou ligados ao estilo de vida, como pressão sanguínea”, disse Berit Heitmann, que chefiou a pesquisa.

“Além disso, concluímos que o risco estava mais relacionado à circunferência das coxas do que à da cintura”, completou.

“É uma medida muito simples, muito grosseira, mas parece ter um efeito individual. E pode ser uma forma de médicos avaliarem riscos.”

“O bom é que se você tiver coxas finas você pode fazer algo, como se exercitar.”

Estudos anteriores já indicaram que uma cintura com circunferência superior a 88,9 cm para as mulheres e a 101,6 cm para os homens indica alto risco de desenvolver diabetes e doenças cardíacas.

A equipe do Hospital da Universidade de Copenhague afirma que o risco demonstrado por coxas “estreitas” pode ser associado à baixa massa muscular.

Os cientistas afirmam que esta baixa massa muscular pode fazer com que o corpo não responda bem à insulina, aumentando o risco de diabetes tipo 2 e, a longo prazo, de desenvolvimento de doenças cardíacas.

Baixos índices de gordura também podem provocar mudanças adversas no modo como o corpo processa os alimentos.

‘Boa notícia’

Mas para a enfermeira sênior especializada em doenças cardíacas Judy O’Sullivan, da British Heart Foundation, “ainda não há provas suficientes para confirmar que a baixa circunferência da coxa afete o risco de alguém desenvolver doenças cardiovasculares”.

“Mas a baixa massa muscular está associada ao baixo nível de atividades físicas, considerado um fator de risco já estabelecido para o desenvolvimento de doenças cardíacas”, disse ela.

Tam Fry, do Fórum Nacional de Obesidade da Grã-Bretanha, concorda que são necessários mais estudos. “Este é um trabalho muito interessante e que vai ligeiramente contra nossa intuição, mas tem que ser respeitado por causa do número de pacientes avaliados e da duração da pesquisa.”

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Hora de defender a homarada...

Cheguei em casa ontem do trabalhinho e lá estava meu guarda-roupa novo. Quartinho está quase completo (hihihi). No entanto, junto com o móvel novo, veio um descascadinho na minha parede lilás, que os moços da montagem fizeram (raiva), um buraco na parede (já que tive que trocar meu espelho de lugar) e uma lâmpada queimada pra trocar (mentira!!! Já estava queimada antes do guarda-roupa chegar..rs).

Enfim.. Comecei a fazer a lista mental do que tinha que fazer para deixar tudo novo e perfumoso de novo e me lembrei daquelas mulheres que, quando o marido chega em casa do trabalho, começam a empurrar esse monte de tarefinha de casa para os pobres.. Chato pra carai! Imagina: o pobre já trabalhou o dia inteiro.. quer chegar em casa, desligar o maquinário e pensar apenas em coisas boas, mas tem que ouvir que a lâmpada queimou, tem vazamento embaixo da pia e pintar a parede de novo? Chatoooooooooo...

Ninguém merece... Como não tenho marido para apurrinhar, nem o faria se tivesse (é claro que, quando se é casado, tem que se dividir todas as tarefinhas.. as boas e as ruins.. mas dividirrrr e não empurrar para o outro) fiz minha lista mental e estou resolvendo as coisas aos poucos (como qualquer homem faria, empurrando com a barriga..rs). Já troquei a lâmpada, tampei o buraco da parede e pintei o descascadinho. Falta fazer um novo furo para o espelho, pintar um outro descascadinho que descobri e fixar uma prateleira direito... Prendada, não?

Poxa, que coxa!

Olha nós aqui tra vez.. Sim, caros amigos, é dura a vida da bailarina que tem que ver o mundo e ter inspiração para sugerir pautas, fazer abre de matéria, dar uma ‘twittada’ e escrever no É Tudo Verdade. Gosto sinceramente desse bloguinho.. Mas pra escrever qualquer coisa também, tô fora... Por isso a “sumidinha”... Tava meio sem inpiração..rs

Mas eis que no último domingo me peguei em uma dúvida tão cruel que resolvi partilhar com vocês.

Nunca fui uma vítima da moda, mas sempre andei direitinha. Já até ganhei elogio por sempre andar arrumada e também puxão de orelha por abusar do preto (ok, ok, já colori mais meu guarda-roupa).. Mas eis que no último domingo queria fazer uma produção que envolvesse uma bermuda estilo boyfriend jeans(aquela largona), um peep toe(que é aquele scarpin que aparecem os dedinhos) e uma blusa linda de seda azul que fica meio caída no ombro(na verdade, é um vestido curtinho, mas que ía fazer as vezes de blusa).

Enfim, tava eu lá toda trabalhada na moda, quando bateu uma dúvida cruel de mim para mim mesma: “gata, você com essa coxa toda pode usar bermuda e salto alto sem ficar vulgar?”

Uma das coisas mais bacanas que recebi na minha herança genética foram minha coxinhas. Como todo ser atarracado, tudo o que não cresceu para o alto, ficou acumulado ali, repare só nas coxas do Romário, Bebeto e outras pessoas baixinhas que não sejam jogadores de futebol. Todas tem coxão.

Enfim, do outro lado, o diabinho da moda(ou seria o anjo?) dizia: “Que nada amor! Se joga! Essa coisa de só modelo de perna fina poder usa bermuda e salto é inveja das mona”.

E lá estava eu.. vou não vou com as pernas de fora? Tava bonito, confesso! Mas não rola de sair de casa na dúvida de estar adequada ou não. Resultado? Tirei a blusa de seda, coloquei uma blusinha regata branca e um blazer preto. Pensei: já que vou mostrar embaixo, bora tapar mais em cima.. e lá fui eu, toda trabalhada na auto-estima, com meus coxões de fora... Deu certo.. Mas que foi difícil, foi. E aí, mostrar ou não mostrar o coxão, fashionistas?