Como estou de férias (ai, como adoro dizer isso!) e ando ditando o meu ritmo de acordo com o que me dá na telha, só nesta quarta-feira, 17, terminei de ler o jornal de terça... O bom de não ter desistido das notícias ditas “velhas”, é que pude ler a crônica de João Paulo Cuenca intitulada de “A nova mulher". Na verdade, o título do texto faz uma ironia em relação ao macho do século XXI mostrado pelo cinema. O texto de Cuenca também foi inspirado em uma fala de Arnaldo Branco que escreveu que: “Os filmes para adolescentes eram sobre caras querendo arrumar a primeira trepada. Agora são sobre caras querendo arrumar a primeira esposa”.
Cuenca cita “Garotos Perdidos” e “Porks” em oposição a “Crepúsculo” (que vi, gostei e ainda me rende horas de papos com as mocinhas de agora) e “500 dias com ela”(que ainda quero ver). Ao final do texto pergunta quando é que vai surgir um novo exemplar de macho alfa no melhor estilo Humphrey Bogart, Johnny Cash , Paulo César Pereio ou Jesse Valadão.
Daí que a crônica me fez pensar no quanto a revolução sexual talvez tenha distorcido e/ou invertido completamente os papéis de cada um. Não sei até que ponto na vida real os caras querem mesmo arrumar a primeira esposa e não a primeira trepada. Mas sei que certos comportamentos desse novo perfil de galã do cinema andam, sim, influenciando alguns jovens de agora.
Um homem gentil e cavalheiro é legal. Mas nada de beirar ao donzelismo, metrossexualismo ou que venha cheio de hesitações EMO. Tudo bem que também não precisa cuspir no chão e coçar o saco em público. Acho que nesse sentido, a revolução sexual , que teve influência no comportamento dos gêneros, foi bem positiva. Mas, como já dizia o genial Falcão, o cantor brega, “homem e homem, menino e menino e veado e veado”... O que você quer ser?
quarta-feira, 17 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
Fiéis e Inteligentes
Não disse que voltava? Tudo bem que não estou voltando exatamente com minhas palavras, mas sim com as da crônica de Martha Medeiros, que saíram no jornal O Globo do domingo, 14. Li, achei interessante e quis trazer pra cá para refletirmos juntos.. É isso mesmo? Já é possível encontrar homens fiéis e inteligentes? Segue...
Fiéis e Inteligentes/ Martha Medeiros
As mulheres acabam de ganhar um belo argumento contra os don juans: segundo uma pesquisa divulgada recentemente, homens fiéis são mais inteligentes que os infiéis. Dito assim, parece conversa pra boi dormir, mas há uma informação importante por trás desse resultado. Satoshi Kanazawa, especialista em psicologia evolutiva da London Schools of Economics, descobriu que há uma mudança de mentalidade em curso, e essa é a grande notícia.
Todos sabem a força da cultura herdada. De geração em geração, homens lidam com sexo de uma maneira menos romântica que as mulheres. Realizam suas fantasias e desejos à revelia de seu estado civil, amparados pela teoria ancestral de que nasceram para espalhar o maior número de sementinhas e assim garantir a permanência da espécie. Com um álibi bom desses, a infidelidade masculina acabou sendo considerada apenas uma travessura, e se a traição magoava as parceiras fixas, azar das parceiras fixas. Perde-se um ônibus, logo vem outro, não é o que dizem?
O que o Sr. Kanazawa revelou ao mundo é que os homens começaram a perceber que esse rodízio pode ter um alto custo emocional. O sexo clandestino é muito divertido e o risco de ser descoberto pode deixá-lo ainda mais saboroso, mas se for realmente descoberto, surpresa: já não haverá uma Amélia para perdoar. Antigamente, as mulheres faziam olho branco não só porque “homem é assim mesmo”, mas porque a sociedade não recebia de braços abertos as desquitadas, e além de sozinhas, elas teriam que viver de pensão e reduzir seu padrão de consumo, sem falar no trauma causado aos filhos. Uma derrocada familiar que era facilmente evitada: bastava fingir que nada estava acontecendo.
Hoje, independentes financeiramente, com a sociedade as reverenciando e conhecedoras de truques para não envelhecer jamais, as mulheres já não têm por que ficar aturando desaforo. Se a linha de ônibus deles é frequente, a nossa também, basta fazer um sinal. Mas não é a variedade que costuma nos dar uma bela história de vida pra contar.
Afora as imutáveis diferenças hormonais que determinam o comportamento sexual de machos e fêmeas, o aspecto cultural pode realmente estar passando por uma evolução. Os homens mais inteligentes (cuja pesquisa inclui também os ateus e os politicamente liberais, mas nisso ninguém se ateve) são aqueles que estão atentos às transformações sociais e que se deram conta de que mais vale ter uma mulher incrível ao lado do que uma coleção de biscates, e resolveram reduzir a farta distribuição de sementinhas. Sendo homens seguros, não precisam copiar o padrão machista de seus pais e avós. Captaram, com mais rapidez que os neurologicamente desfavorecidos, que o risco de perder a mulher amada é grande e que a fidelidade pode ser um bom investimento a longo prazo. Como é que ficaram tão espertos?
Precisaram ficar. Suas mães e avós, também muito inteligentes, pavimentaram essa mudança antes dele
Fiéis e Inteligentes/ Martha Medeiros
As mulheres acabam de ganhar um belo argumento contra os don juans: segundo uma pesquisa divulgada recentemente, homens fiéis são mais inteligentes que os infiéis. Dito assim, parece conversa pra boi dormir, mas há uma informação importante por trás desse resultado. Satoshi Kanazawa, especialista em psicologia evolutiva da London Schools of Economics, descobriu que há uma mudança de mentalidade em curso, e essa é a grande notícia.
Todos sabem a força da cultura herdada. De geração em geração, homens lidam com sexo de uma maneira menos romântica que as mulheres. Realizam suas fantasias e desejos à revelia de seu estado civil, amparados pela teoria ancestral de que nasceram para espalhar o maior número de sementinhas e assim garantir a permanência da espécie. Com um álibi bom desses, a infidelidade masculina acabou sendo considerada apenas uma travessura, e se a traição magoava as parceiras fixas, azar das parceiras fixas. Perde-se um ônibus, logo vem outro, não é o que dizem?
O que o Sr. Kanazawa revelou ao mundo é que os homens começaram a perceber que esse rodízio pode ter um alto custo emocional. O sexo clandestino é muito divertido e o risco de ser descoberto pode deixá-lo ainda mais saboroso, mas se for realmente descoberto, surpresa: já não haverá uma Amélia para perdoar. Antigamente, as mulheres faziam olho branco não só porque “homem é assim mesmo”, mas porque a sociedade não recebia de braços abertos as desquitadas, e além de sozinhas, elas teriam que viver de pensão e reduzir seu padrão de consumo, sem falar no trauma causado aos filhos. Uma derrocada familiar que era facilmente evitada: bastava fingir que nada estava acontecendo.
Hoje, independentes financeiramente, com a sociedade as reverenciando e conhecedoras de truques para não envelhecer jamais, as mulheres já não têm por que ficar aturando desaforo. Se a linha de ônibus deles é frequente, a nossa também, basta fazer um sinal. Mas não é a variedade que costuma nos dar uma bela história de vida pra contar.
Afora as imutáveis diferenças hormonais que determinam o comportamento sexual de machos e fêmeas, o aspecto cultural pode realmente estar passando por uma evolução. Os homens mais inteligentes (cuja pesquisa inclui também os ateus e os politicamente liberais, mas nisso ninguém se ateve) são aqueles que estão atentos às transformações sociais e que se deram conta de que mais vale ter uma mulher incrível ao lado do que uma coleção de biscates, e resolveram reduzir a farta distribuição de sementinhas. Sendo homens seguros, não precisam copiar o padrão machista de seus pais e avós. Captaram, com mais rapidez que os neurologicamente desfavorecidos, que o risco de perder a mulher amada é grande e que a fidelidade pode ser um bom investimento a longo prazo. Como é que ficaram tão espertos?
Precisaram ficar. Suas mães e avós, também muito inteligentes, pavimentaram essa mudança antes dele
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Oi
Passando só pra dizer “oi”.. Pra dizer que estou retomando o prazer de fazer coisas que gosto, inclusive escrever no bloguinho..rs
Afinal, sou uma pessoa de férias... com tempo e mente livres para me dedicar ao ócio produtivo... Aliás, em breve, escrevo aqui contando o que esse tempo livre tem me reservado de bom...
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