"O vinho é um bom amigo...
O vinho e a cama... nessa ordem.."
sábado, 19 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Erva Venenosa
Na última sexta-feira, ganhei uma cantada inusitada. Aconteceu quando começava a curtir o show de Mister Catra, na Fundição Progresso... A noite ainda reservava Afrika Bambaataa.
Ao ouvir o grito “É proibido fumar...”, clássico da jovem guarda que a galera responde dizendo “maconha”, fui abordada (na verdade abraçada) por um sujeito (na verdade um moleque de no máximo 22 anos... aliás, não sei por que ando atraindo tantos) que dizia:
- Gata, já vi que você é fã de uma erva venenosa. Queria te chamar pra fumar comigo (?!)
Ri sem graça, agradeci e disse que não... Não tava afim...
Mal sabia a criatura que a primeira e a última vez que tentei fumar tinha 7 anos e me dei muito mal...
Meu pai e minha avó fumavam, e o embrião do meu espírito jornalístico dizia que eu devia investigar que sabor tinha o cigarro (cigarro de nicotina, que fique claro).
Daí, armei um plano infalível...
Recolhi algumas bitucas de cigarro em um cinzeiro, guardei em um canto, juntamente com uma caixa de fósforos. O momento ideal seria durante o Jornal Nacional, quando todos ficavam entretidos em frente à TV.
- Gata, já vi que você é fã de uma erva venenosa. Queria te chamar pra fumar comigo (?!)
Ri sem graça, agradeci e disse que não... Não tava afim...
Mal sabia a criatura que a primeira e a última vez que tentei fumar tinha 7 anos e me dei muito mal...
Meu pai e minha avó fumavam, e o embrião do meu espírito jornalístico dizia que eu devia investigar que sabor tinha o cigarro (cigarro de nicotina, que fique claro).
Daí, armei um plano infalível...
Recolhi algumas bitucas de cigarro em um cinzeiro, guardei em um canto, juntamente com uma caixa de fósforos. O momento ideal seria durante o Jornal Nacional, quando todos ficavam entretidos em frente à TV.
O cenário era a casa da minha avó Emília, mas especificamente o banheiro. Pois bem, em dado momento, me dirigi ao local, sentei-me no vaso, acendi uma bituca, joguei o palito de fósforo no cestinho de papel. Quando me preparo para dar minha primeira tragada, o cesto de papel higiênico pega fogo em uma labareda incrível. Começo a gritar feito louca (eu tinha 7 anos).
Toda a família vem correndo e começa a esmurrar a porta do banheiro gritando “abre, abre”, e eu sem saber se tentava conter o fogo da cestinha ou se abria a porta do banheiro antes que tudo se consumisse em chamas. Achei mais segura a segunda opção. Saí gritando, parte da família entrou no banheiro para ver do que se tratava... A princípio, acharam que eu só estava brincando com fogo... Mas cai na besteira de dizer a verdade, e contei que só queria acender um cigarro para saber que gosto tinha. Meu pai quis voar em mim pra me dar umas boas palmadas, minha avó que me protegeu (que Deus a tenha), e impediu que eu apanhasse naquela noite. Acho que foi ela que sugeriu que, no lugar das palmadas, que eu ficasse de castigo olhando para a geladeira.
Na verdade, era pra ficar olhando para um vão entre uma parede da cozinha e a geladeira. Só me lembro de alguém me pegando no colo (dormir encostada não sei se na parede ou na geladeira, mas certamente no castigo) e me colocando na cama. A história virou piada de família, e me educou muito bem... Nunca mais quis saber que gosto tinha o cigarro ou similares, e serviu para me fazer rir da cantada inútil, e até meio traumática da última sexta-feira.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
PENSAMENTO DO DIA
"Faça sua declaração de imposto de renda bêbado... Assim, você vai ter a sensação de que o garçom não está te roubando e ainda trouxe troco para você"
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Paixão abortada
Dia desses, comentando com uma amiga sobre o blog, ela disse que eu estava muito verborrágica. Quis saber por quê? (que é uma outra característica minha), e ela disse que estou escrevendo muito, falando muito...
Respondi, meio sem pensar, que era um dos efeitos colaterais de estar apaixonada... No meu caso, desapaixonando... ou como apelidei depois, de estar sofrendo de paixão abortada..
Quando você se encanta por alguém é como se uma força te invadisse e tomasse o controle de algumas funções do seu corpo... Tipo: você não pára de pensar na pessoa, se pega rindo sozinha no meio da rua ao lembrar de alguma gracinha que o alvo de sua paixão fez pra você, ou chora, sem mais, nem menos, ao ouvir uma música no rádio (aliás, rádio é um perigo pra quem está se desapaixonando).
Enfim... Isso tudo é pra dizer que descobri uma cura(ou pseudocura) para esses casos: falar!! Isso mesmo! Na verdade, não descobri nada.. Só entendi algumas coisas... Falar sobre dor-de-cotovelo é mais velho que a posição de cagar.. Exemplo: aquele seu amigo que já te chamou para a mesa do bar para falar da namorada que terminou com ele... e você teve que aturar o mala de porre, falando da mulher a noite inteira...
Já eu, na minha era cibernética, resolvi escrever no blog. Acho que poupo dinheiro, o ouvido alheio, e posso falar, falar, escrever e escrever o quanto quiserrrrr... Colocando pra fora toda essa intensidade presa no meu peito que se não sair, vai acabar por explodi-lo. Hauhauha (também sou dramática, segundo Camilla Gabriella).
Respondi, meio sem pensar, que era um dos efeitos colaterais de estar apaixonada... No meu caso, desapaixonando... ou como apelidei depois, de estar sofrendo de paixão abortada..
Quando você se encanta por alguém é como se uma força te invadisse e tomasse o controle de algumas funções do seu corpo... Tipo: você não pára de pensar na pessoa, se pega rindo sozinha no meio da rua ao lembrar de alguma gracinha que o alvo de sua paixão fez pra você, ou chora, sem mais, nem menos, ao ouvir uma música no rádio (aliás, rádio é um perigo pra quem está se desapaixonando).
Enfim... Isso tudo é pra dizer que descobri uma cura(ou pseudocura) para esses casos: falar!! Isso mesmo! Na verdade, não descobri nada.. Só entendi algumas coisas... Falar sobre dor-de-cotovelo é mais velho que a posição de cagar.. Exemplo: aquele seu amigo que já te chamou para a mesa do bar para falar da namorada que terminou com ele... e você teve que aturar o mala de porre, falando da mulher a noite inteira...
Já eu, na minha era cibernética, resolvi escrever no blog. Acho que poupo dinheiro, o ouvido alheio, e posso falar, falar, escrever e escrever o quanto quiserrrrr... Colocando pra fora toda essa intensidade presa no meu peito que se não sair, vai acabar por explodi-lo. Hauhauha (também sou dramática, segundo Camilla Gabriella).
Então é isso... Estou verborrágica, sim, porque estou apaixonada, ou melhor... Ou pior, desapaixonando... Preciso colocar pra fora! Ou se preferirem, estou testando em mim mesma as descobertas da terapia para pessoas apaixonadas on line.. hauhauhauha
domingo, 6 de abril de 2008
O chamado
sexta-feira, 4 de abril de 2008
O Meu Amor
O Meu Amor
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
Complexo B
Lembro-me de quando era criança e do quanto gostava de futucar as coisas. Foi assim que conheci o armário do banheiro e as vitaminas de complexo B que lá estavam.
Um belo dia, resolvi experimentá-las e descobri que tinham gosto de chocolate. Na verdade, elas até pareciam mesmo balinhas de chocolates com aquela coberturazinha marrom. Resolvi experimentá-las, mas, como era espertinha, sabia que não deveria engolir porque era remédio. E também, porque assim que acabava a cobertura marrom na boca, ficava um gosto amargo e era hora de cuspir fora.
Até hoje sou um pouco assim. Volta e meia vou até o meu armário do banheiro da vez e chupo um comprimido de complexo B com gosto de balinha de chocolate. Mas daí a ilusão acaba, o gosto começa ficar amargo, e é hora de jogar fora.
Acho que todos nós temos nossas balinhas. Coisas que não deveríamos fazer, mas fazemos porque queremos sentir o gosto doce e fugaz do chocolate, ou por estupidez mesmo.
Belo Estranho Dia de Amanhã
Belo Estranho Dia de Amanhã - Roberta Sá
Notícias perderão todo o controle dos fatos
Celebridades cairão no anonimato
Palavras deformadas
Fotos desfocadas vão atravessar o atlântico
Jornais sairão em branco
E as telas planas de plasma vão se dissolver
O argumento ficou sem assunto.
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enlouquecer com você
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enlouquecer...
Os políticos amanhecerão sem voz
O outdoor com as letras trocadas
Dentro do banco central o pessoal vai esquecer
Como é que assina a própria assinatura
E os taxistas já não sabem que rua pegar
Que belo estranho dia pra se ter alegria
E eu respondo e pergunto.
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer por você
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer...
Alarmes já pararam de apitar
O telefone celular descarregou
O aeroporto tá sem teto
E a moça da tv prevê silêncios e nuvens
A firma que eu trabalho faliu
E o governo decretou feriado amanhã no Brasil
Será que é pedir muito?
É só um jeito da gente ficar junto
É só um jeito de enlouquecer com você
É só um jeito da gente ficar junto
É só um jeito de enlouquecer...
É só um jeito da gente ficar junto
É só um jeito de enlouquecer com você
É só um jeito da gente ficar junto
É só um jeito de enlouquecer...
Antes de Partir ou o que realmente importa na vida
Assisti no fim de semana ao filme “Antes de Partir”. Ótimo.
Nele, tem uma idéia muito legal que é a da lista das coisas realmente importantes que devemos fazer antes de morrer. Daí, bateu a loucura e resolvi fazer listas semanais de coisas bacanas que quero fazer enquanto estou viva.. De preferência, cumprindo todos os itens por semana... É meio ridículo, mas é só um exercício para não esquecer das coisas que realmente importam na vida... e nem de que estamos vivo.
- Ir à feijoada da Portela e me divertir muito
- Tirar um dia para ir ao zoológico (saudades de ver os bichinhos)
- Conhecer o mercado de peixes São Pedro, em Niterói, e almoçar por lá. De preferência com alguém que eu goste muito.
- Fazer um amigo (ou conhecer alguém novo e interessante por semana)
- Fazer um curso e aprender uma coisa nova
- Encontrar um grande amor
Nele, tem uma idéia muito legal que é a da lista das coisas realmente importantes que devemos fazer antes de morrer. Daí, bateu a loucura e resolvi fazer listas semanais de coisas bacanas que quero fazer enquanto estou viva.. De preferência, cumprindo todos os itens por semana... É meio ridículo, mas é só um exercício para não esquecer das coisas que realmente importam na vida... e nem de que estamos vivo.
- Ir à feijoada da Portela e me divertir muito
- Tirar um dia para ir ao zoológico (saudades de ver os bichinhos)
- Conhecer o mercado de peixes São Pedro, em Niterói, e almoçar por lá. De preferência com alguém que eu goste muito.
- Fazer um amigo (ou conhecer alguém novo e interessante por semana)
- Fazer um curso e aprender uma coisa nova
- Encontrar um grande amor
Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite
Ele queria meu celular... Terminei no chão, com as costas raladas, um dedo inchado (acho que meio destroncado), o celular firme nas mãos, mas ele levou a minha bolsa... Com um monte de nada, que significam muito pra mim...
Lá, além das burocracias práticas da vida..rs Tipo cartões, documentos e um batom lindo que ganhei de aniversário... Estava uma série de coisas que ajudavam a contar um pouco da minha história... Minha identidade com foto com cara de criança (tirei quando tinha 14 anos, mas troquei a foto por uma de 17...rs) Minha carteirinha do plano de saúde, que indica que agora sou apoiada por uma instituição que me dá dignidade médica em troca dos meus serviços, meu Riocard que paga a fortuna que é ir e voltar de Caxias para a Barra todos os dias, e um cartão de crédito com o qual pretendia viajar no feriadão da Semana Santa.Tudo isso, na verdade, é uma grande bobagem diante da violência que é você ser abordada por um estranho que de uma hora pra outra quer algo seu custe o que custar..
Depois que ele finalmente carregou a minha bolsa, saí andando feito louca, sem destino, chorando, querendo que alguém corresse atrás do meu prejuízo...Parei em frente a um puteiro que tem aqui em Caxias (sim, o assalto se deu em minha cidade sede), e comecei a perguntar, entre lágrimas, a alguns homens que se encontravam na porta, se havia alguma patrulhinha que fizesse ronda por ali... Recebi como resposta que não, mas eles quiseram saber o que havia acontecido pra eu estar daquele jeito. Contei que havia sido assaltada num ponto de ônibus a menos de 20 metros dali, e imediatamente eles chamaram um tal de Bruno (o segurança do estabelecimento). Contaram a ele o que havia acontecido, e terminaram com um “Olha aí, isso não pode acontecer não....” Bruno ouviu o relato e encerrou perguntando a um amigo: “E aí, vamos ali comigo resolver essa parada?”. O amigo topou e Bruno me convocou a entrar no carro com eles para fazer uma ronda pelas imediações e achar o meu assaltante... Sem pensar muito, entrei no carro (afinal, queria justiça... que alguém comprasse o meu barulho...), comecei a descrever mais ou menos o sujeito que tinha me atacado, e a responder se era ou não o cara que a gente estava procurando a cada neguinho/mulato/quase-branco ou quase-preto que passava pela gente na rua... “Não, não é ele...”. Minha ficha só começou a cair, quando o amigo do Bruno perguntou a ele:
- E a parada, já está na agulha?
- Já.
Ou seja, além de ser assaltada, presenciaria e seria a mandante indireta de um assassinato no meu sábado à noite... Tudo isso por causa de um monte de bobagens que até significam alguma coisa pra mim...
Por sorte, não achamos o cara que me roubou. Voltamos ao ponto de partida, e o Bruno, muito gentil, ainda se dispôs a me levar em casa (comecei a ficar bolada com aquele papo de matador/leão-de-chácara saber onde eu moro), e disse que morava ali perto, mas que antes precisava passar na delegacia pra fazer meu registro de ocorrência.
O amigo do Bruno o incentivou a me deixar no local onde ficam os homens da lei, já que havia sido assaltada e não tinha dinheiro nem pra passagem do ônibus.Nessa hora, comecei a chorar pela violência, de raiva, por estar ali sendo alvo da bondade de dois estranhos (mesmo que eles não fossem bonzinhos), pelas minhas costas que começavam a arder, e por começar a pensar no trabalhão que ia dar cancelar aquele monte de bobagem e tirar outras novas.
- Chora não, colega. Você viu que a gente tentou pegar ele pra você – Disse o amigo do Bruno.
- Não, eu sei, eu sei... Tranqüilo, vocês foram supergente boa - respondi.
-Estou com pena das minhas coisas que foram levadas.
- Você ia ficar com pena é do cara se a gente tivesse pegado ele.
Silêncio.
Na delegacia:
- Profissão?
- Jornalista.
-Ah, minha filha, você tem que fazer uma matéria sobre Caxias. Isso aqui está terrível.
- É... Eu sei.
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